Na rua mais bonita da cidade,
Onde os olhos se perdem
Olhando as gotas unidas
Passando no rio;
As árvores que ainda se mantêm,
A força da terra
Que é da mesma cor da água
Desse mesmo rio.
O vento vem vindo,
No ritmo em que costuma
Passar por aqui,
Lento e não se demora,
Se alimentando das energias
Que saem de tudo que está vivo
Ou que em outro tempo foi.
Todo o dia surge um cenário distinto,
Nesse tom de céu amazônico
Cabem tantas cores, tantas dores,
O reflexo do rio, já rápido, sem madeiras
Nas nuvens que levam o pôr-do-sol.
No fim da rua nasce uma pracinha,
Tem banquinhos, o coreto,
Policiais intimidando algum caboclo
Que corta o caminho
Dentre o mato crescido
Que já vem cobrindo de verde
O muro dali;
E aqueles jovens reunidos liam alto,
Cada um do seu jeito
Alguma frase simples do poeta revelador.
O céu já escureceu, todos rindo, encontraram
os caminhos do encanto
Que os levam salvos, até suas casas
Que ficam embaixo das estrelas
Dessa noite colorida de lindos sóis.
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